Uma semana depois do início de dois gigantescos incêndios que atingem a Califórnia, o número de pessoas desaparecidas por causa do Camp Fire, que devasta o norte do estado americano, aumentou dramaticamente e subiu para 631 nesta sexta-feira (16).
O número de mortos no “Camp Fire”, o incêndio florestal mais letal da história do estado na costa oeste dos Estados Unidos, subiu para 63, depois que as autoridades encontraram mais sete corpos na quinta-feira (15). Outras três foram mortas pelo Woolsey Fire, no sul do estado.
A lista de desaparecidos subiu de 300 para 631 depois que investigadores revisaram as ligações de emergência feitas quando o Camp Fire começou, em 8 de novembro.
“Estamos no meio de um desastre”, disse o governador da Califórnia, o democrata Jerry Brown, enquanto mais de 50 mil pessoas permanecem deslocadas e não poderão voltar para casa por várias semanas.
A estimativa é de que o incêndio que tenha destruído até agora 56 mil hectares ao norte da capital do estado, Sacramento. As tarefas de busca se concentram na localidade de Paradise, de 26.000 habitantes, duramente castigada pelas chamas.
Paradise se encontra aos pés da Sierra Nevada, em meio a um clima seco e ensolarado que no último meio século atraiu muitos aposentados, o que fez com que a população se triplicasse em 50 anos. A maioria das pessoas que aparece na lista de desaparecidos tem mais de 60 anos.
Materiais para fazer análises genéticas rápidas são aguardados e “todos que acharem que um membro de sua família morreu podem vir deixar uma amostra de DNA”, disse o xerife do condado de Butte, Kory Honea.
Os bombeiros conseguiram avançar durante as últimas horas até conter cerca de 40%. Os esforços para conter as chamas foram prejudicados por causa das condições meteorológicas desfavoráveis. No norte do estado, não está prevista chuva até o final da próxima semana.
De acordo com os cálculos mais recentes, o “Camp Fire” queimou um total de 10.321 edifícios (8.650 deles imóveis particulares) e arrasou 56.655 hectares.