A Polícia Federal quer ouvir Onofre Jesus Gimenes Secchi no inquérito que apura o pagamento de uma reforma feita na casa de Maristela Temer, filha do presidente Michel Temer, em 2014. Os investigadores querem saber a origem do dinheiro usado na reforma.
Em depoimento à PF no fim de maio, o arquiteto Luiz Eduardo Visani apontou Onofre como sendo o funcionário da Argeplan encarregado por Maria Rita Fratezi para “coordenar e administrar” funcionários que ele colocou à disposição para finalizar a segunda fase da obra da casa de Maristela Temer.
Maria Rita é mulher do coronel aposentado da polícia militar João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Temer. Coronel Lima é dono da Argeplan, empresa de engenharia. Ele chegou a ser preso em março, na Operação Skala da Polícia Federal.
Onofre é apontado como “peça-chave” na investigação por ser uma pessoa de confiança do coronel Lima. Ele também tem relações com Arlon Vianna, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Arlon, hoje, é o principal interlocutor de Lima junto a Temer.
Segundo Visani, Onofre acompanhou “diariamente a execução das obras”, mesmo durante a primeira fase da reforma, “salvo engano desde dezembro de 2013”. Lima foi apontado na delação da J&F como intermediário de R$ 1 milhão em propina para o presidente Temer.